quarta-feira, outubro 31, 2012

Documentário A Verdadeira História do Halloween e o curta To My Mother and Father: especial Halloween

[ATUALIZADO 25/04/13]

Imagem encontrada no MEDOB
Assista ao documentário ''A História do Halloween'', com tudo o que você precisa saber (o surgimento do dia e a impulsão da Igreja sobre a data, a lanterna de abóbora, as máscaras etc.) e mais um pouco. O History produziu, preciso dizer mais alguma coisa? Quem conhece o canal sabe.
Muito bom!

Sinto de verdade por não ser tradição nossa comemorar este tão significativo dia.


A celebração do Halloween começou há séculos como uma festa pagã para honrar os mortos. Hoje, se transformou em um dia para quebrar as regras e usar fantasias peculiares. Esta tradição tem raízes muito antigas, quando na Idade Média, as pessoas iam de porta em porta pedindo guloseimas.

Durante a depressão, as festas de Halloween chegaram a ser tão violentas e destrutivas, que as autoridades civis tiveram que intervir para poder prevenir o vandalismo disseminado nas cidades ao longo dos Estados Unidos.

Atualmente, este ritual gera bilhões de dólares em vendas de doces a cada temporada, e não importa quantas cabeças de abóboras sejam talhadas ou quantas crianças saiam para pedir guloseimas, ainda gostamos de curtir o medo implícito da noite de 31 de outubro.

Curta Para Minha Mãe e Pai. Uma brincadeira inocente culmina na exaltação de uma psicose horripilante.




Doces ou travessuras? Tudo tem um significado

terça-feira, outubro 30, 2012

E eu estou rindo... sem perceber

E chegamos ao finalmente. Com a nunca antes tão falada ''qualidade de vida'', agora revolucionada aqui, eu chego à 17ª véspera de Dia das Bruxas bem diferente de qualquer outra.
Aniversário é o tipo de data que se tem que comemorar, e, além disso, homenageá-la. Felicidade, cheia de metáforas alusórias a como viver de verdade, do Marcelo Jeneci e da Laura Lavieri, que descobri recentemente, é a principal faixa deste dia tão aguardado (porque, uau, como demora).

Como felicidade é só questão de ser, estou indo dançar na chuva, porque a chuva já está aqui.


E...
(MANTENHA A CALMA E ESPERE PELO DIA DAS BRUXAS)

domingo, outubro 21, 2012

Entendendo Visitor Q, de Takashi Miike

Acompanhamos a trajetória de uma desestruturada e bizarra família japonesa em sua ascensão ao orgasmo vitalício (vocês sabem do que eu tô falando).

Enquanto a VISITA, em vez de ‘’X’’, o ‘’Q’’ da Questão.


Contém SPOILER: detalhes sobre o final e outros. Se não assistiu, recomendo que visite outras páginas deste Blog.

Não viu o filme? BAIXE AQUI.

quarta-feira, outubro 10, 2012

Primeira Análise Fragmental Multiangular: ''O Sétimo Selo''

Ingmar Bergman, Suécia, 1957
Um novo modo, aqui no Blog, de interpretar cinema.

Contém SPOILER: detalhes sobre o final e outros. Se não assistiu, recomendo que visite outras páginas deste Blog.


(Personagens principais)
Antonius Block — Max von Sydow
A Morte  Bengt Ekerot 
Jof  —  Nils Poppe
Jons — Gunnar Björnstrand
Mia — Bibi Andersson
Jonas Skat — Erik Strandmark

O cavaleiro que volta das cruzadas (séc. XIV, Idade Média, era apocalíptica) e narra uma passagem do livro de Apocalipse. Presenciara a peste culminando em suas batalhas e, por isso, sua fé em Deus se encontra abalada.


É preciso contextualizar a obra. Transcrevo abaixo o momento em que São João, após ser arrebatado em espírito aos céus, presencia a abertura do livro selado com sete selos (Apocalipse 8:1):

A abertura do sétimo selo. Os sete anjos com as sete trombetas; as quatro primeiras
  1.  E, HAVENDO aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.
  2. E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas.
  3. E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono.
  4. E o fumo de incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.
  5. E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos.(...)
 Como se vê, a abertura do sétimo selo é o alicerce para o início da destruição.


A Morte surge para levá-lo, mas o cavaleiro não está espiritualmente preparado, portanto propõe-lhe uma partida de xadrez, como forma de decidir seu destino – ou o de sua vida. (Há pausas na partida para resolver contratempos que a Morte concede a seu adversário e potencial escolhido.)


Somos então apresentados aos atores que montam e encenam espetáculos para uma plateia não muito contribuinte (‘’Acho que eles não gostam de arte’’).


Jof é um visionário, e importa seu dom por vermos que é o único capaz de presenciar os vislumbres resultantes da catástrofe.

A Igreja interrompe com a crucificação de indivíduos com a peste, sob o argumento de que são as causadoras, estão cometendo pecados que as levarão ao juízo final, sem direitos sobre o arrebatamento.

Não somente, estes achavam que Deus estava punindo-os pelos seus pecados, por isso se autoflagelavam. A influência da Igreja é clara e direta.


– O cavaleiro e seu vassalo ficam amigos dos artistas e os convidam para seguir viagem, pois a peste ruma para o sul, e é em Elsinore que acontecerá um festival do qual os segundos querem participar.

– Os atores observam, escondidos e atônitos, o jogo entre Antonius Block e a Morte e, apavorados, decidem fugir daquilo que seria seu fatal destino – pois mais tarde a Morte levaria todos os outros consigo, numa dança macabra (sem surpresa). Dödsdansen.


Questões acerca de O Sétimo Selo
  • Religião; ideais religiosos e sua ausência;
  • Crença na ação da Morte;
  • Juízo final;
  • Existência divina;
  • Que importância tem os seres humanos para Deus.

Tendo como foco a ação da Morte, as Escrituras Sagradas estão em jogo para justificar a causa do male que se abate contra aquela população, portanto, a ira de Deus (questão principal).

Mas, Det Sjunde Inseglet (no seu original), vai além, partindo para questões existenciais e culturais:

Existenciais — nossas ações na Terra: o que fazemos (ou não), e isso agrada a Deus?
Culturais  pois ‘’eles não gostam de arte’’ e o conhecimento que se tem da Bíblia.

Ao final, ficam-nos reflexões como: a ação e o juízo que a morte faz da humanidade; quais são os critérios que ela, como detentora majoritária da vida, usa (se é que usa) para escolher suas próximas ‘’vítimas’’?

Se arrastarmos a questão para a vida, questionaremo-nos se a realidade confunde-se com a ficção (e/ou até que ponto isto acontece) – pessoas de todas as idades morrem, por várias circunstâncias e motivos –?

E a morte, pertence estritamente ao lado do mal, uma vez que aqui age sem precedentes, orientação e comando divinos?

Opinião expressa/pessoal: Nunca imaginei escrever sobre um filme como esse. Não é tão complexo quanto eu achava, mas nem por isso vazio de questões. Merece mais que prestígio e consideração.

Pra cima!
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