Joana dos Reis morreu com blue waffle e não podia ser mandada a outro lugar senão ao necrotério de Santa Euliça, para, lá, sentir o que, em vida, não sentiu.
Eram duas da manhã e a essa altura
Antonio já havia sentido a extremidade da morte. Ele gostava do cheiro podre
que os corpos exalavam, dos fluidos que liberavam e da situação de
vulnerabilidade a que estavam submetidos, ‘’todos
para mim’’.
A penumbra lá fora era grandiosa e
dava luz às ideias daquele homem. Tirou a roupa e se pôs em cima do defunto. A
vagina tinha uma quantidade enorme de feridas e pus que Antonio não podia
deixar de lamber e penetrar com dedos de mãos e pés... alheios. É que havia
mais corpos naquela sala e ele debruçou uma mulher sobre Joana, tomou seus
membros e os inseriu nela... Obscuro, as
sombras estão me rodeando e eu não vejo nada além do misto entre luz e sua
ausência...
– Quem se preocupa com isso? Ela está
gozando junto comigo, olha.
É o que fala dentro. Num revirar de
olhos sinistros o conjunto mortal de Joana era penetrado vagarosamente e só
havia a claridão daquela sala testemunhando tudo. O mesmo teve um reflexo que
só melhorou a situação para Antonio... Excitado, ereto e emputecido jogou-o de
uma só vez no chão. Fodia mais e mais.
Aquela noite ia ser ainda mais longa.
Antonio guardava ácido sulfúrico no
armário pessoal. O homem tirou o sapato do pé direito, jogou uma pequena
quantidade no dedão de seu pé e rapidamente o inseriu na vagina de Joana,
penetrando a deformidade concomitante do grito que oscilou pelo lugar onde um
só trabalhava.
***
Seus gemidos embalaram os passos de um
intruso no corredor. Teve que recolocar os cadáveres em seus respectivos
lugares e se enfiar num armário de produtos de limpeza. O guarda externo fazia
ronda pelo que também era um hospital e ficou longe de um triz para perceber o
que se passava ali.
Antonio precisava de mais, precisava
saciar sua fome de alma e carnal. Juntou as duas macas, era hora da penetração
anal de punho, ‘’eu vou dar todo o meu
amor para vocês’’.
A cada estocada as chagas externadas
de Joana aumentavam de tamanho e largura. A sala toda fedia como se houvesse
alguém em decomposição. Após isto, Antonio se levantou e urinou na boca na
segunda mulher.
Lembrou-se de que tinha um pequeno canivete guardado...
Buscou-o e arrancou o olho direito da mesma.
Pegou-o na mão e o levou até a vagina
de Joana. De uma inserção seguida de mais estocadas, o órgão sumiu dentro
daquela cavidade fétida.
A doença ginecológica de Joana já se
encontrava perto de seu ânus, por isso não defecava há dias. Como não havia
esforço para prender o que tinha de sair, e Antonio entendia daquilo, o corpo
desprendeu uma leva enorme de fezes moles. Nessa hora enfiou o pênis e sentiu o
excremento adentrar sua glande.
Ainda gemia e revirava os olhos quando
achou que estava satisfeito, mas...
– Aaai, aaai! – Antonio ouviu um forte
apito dentro de sua mente. Dessa vez aquilo não ia passar.
O vidro com ácido sulfúrico estava no
chão. Uniu-se, rosto e corpo, mente e
alma, e derramou todo o conteúdo da embalagem sobre si. Quando o enfermeiro matinal chegou, encontrou corpos com as
partes de cima derretidas. Começou a sentir algo diferente.
–
Eu sinto prazer...
Um comentário:
Lixo de conto , tão podre qto a mente de quem escreveu
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